quarta-feira, 29 de agosto de 2012

CACHORRO VOLTA A ANDAR COM PERNAS ARTIFICIAIS

Ao longo do tempo a relação do homem com os animais tem sido um grande problema, já que em determinadas épocas, o homem foi simplesmente aniquilando espécies pelo simples prazer de matar ou por interesses comerciais. Diferentemente acontece com os índios, que por natureza sabem muito bem da importância em se manter o equilíbrio. Já no que diz respeito aos animais domésticos, a relação deles com o homem também não tem sido nada fácil, primeiro porque muitas raças caninas e felinas são criadas com o intuito comercial e muitas pessoas acabam adquirindo estes animais por simples impulso. 
 Depois, os abandonam à própria sorte e ajudam a aumentar um grave problema social e de saúde pública. Voluntários e pequenas instituições se mobilizam para salvar estas vidas inocentes e muitas ONGs atualmente também já aderiram a este movimento de salvar e conscientizar a população sobre a grande responsabilidade de se manter um animal de estimação. Se a gente reparar bem, quantos casos por ano nos assustam de mães humanas que abandonam seus filhos à própria sorte e outros em que largam pelos latões de lixo. Que dizer então dos animais? Não bastasse o abandono, temos observado cenas chocantes de cães, gatos e até cavalos que são covardemente maltratados e os agressores ainda se dão ao luxo de fotografar e colocar essas fotos pelas redes sociais, o que é um absurdo!!! Em sociedades protetoras e protetores voluntários Brasil afora, a gente depara com cães e gatos aleijados, cegos, magros, doentes em função do descaso e da falta de um mínimo de bom senso por parte de muitas pessoas. 
 Ontem mesmo vi uma foto espalhada pelo Face Book de uma cadela morta por envenenamento. Seria mais uma não fosse o filhote ali, ao lado da mãe morta. Cena triste que nos deixa cada vez mais desacreditados dos reais valores da existência humana. Outra foto, que vi por acaso, é a de um cão que ganhou duas próteses, depois de ter tido suas patas dianteiras cortadas por uma gangue de criminosos e de ter sido jogado no lixo na cidade de Fresnillo, no México. Graças ao pessoal do abrigo Milagros Caninos, o cão foi resgatado com vida e devidamente tratado. 
 O abrigo, diante do caso, fez apelos diversos e conseguiu através de doações levantar os cerca de 12 mil reais para adquirir as próteses e permitir assim que o cachorro pudesse reaprender a andar e ter uma vida praticamente normal. Como se observa, a maldade pratica suas crueldades de um lado e o bem, na pele de apaixonados por animais, trata de salvas muitas dessas vidas agredidas diariamente mundo afora. Veja o vídeo com o cachorro Pay de Limón (Torta de Limão) no link a seguir e emocione-se também! http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/08/120827_cao_pernas_artificiais_bg.shtml

UM OLHAR EM BUSCA DA TERRA

 Aquele conceito de “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça” segue muito vivo em todas as partes e só mesmo os amantes da fotografia, da imagem e do filme é que conseguem assimilar muito bem o que significa esta paixão que volta e meia arrebata, através das lentes, um desses raros flagrantes que se transformam em histórias variadas. Se a gente esmiuçar por ai, vamos encontrar dezenas de fotos marcantes que só foram possíveis em função de inúmeros movimentos humanos. 
Joceli e a filha Joslaine
 Entre tantas fotografias que marcaram uma época, temos a de Joceli Borges, flagrada pelas lentes de Sebastião Salgado quando tinha apenas cinco anos de idade e ladeava os pais que peregrinavam pelo interior do Paraná em busca de um lote de terra. O rosto sujo com olhar provocativo acabou virando capa de livro e ganhou espaço na mídia, em museus e em galerias do Brasil e exterior. Dezesseis anos se passaram desde o instantâneo e hoje, a então menina continua, com seus 21 anos, uma trabalhadora rural sem terra que vive com o marido e a filha em um acampamento do MST e que possui dois sonhos: um lote de terra e dois exemplares do livro que espalhou sua imagem mundo afora. 
 Um exemplar quer para si e outro para presentear o seu pai. O livro “Terra”, com o rosto de Joceli na capa foi lançado em 1997 e além de uma centena de fotos em preto e branco do meio rural brasileiro traz texto de José Saramago e vem acompanhado de um CD com músicas de Chico Buarque. Trata-se de uma obra importante, um registro das ações dos Sem Terra em diversos pontos do país e que, dentre tantas fotos, brindou Joceli com a imagem escolhida para a capa. Alheia por bom tempo a respeito daquele trabalho, ela seguiu sua vida de um lado e o autor de outro. É chegado sim o momento de a moça receber os dois exemplares que sonha e preservar assim, um pouco de sua história de vida através da sua imagem captada num daqueles instantes em que a fotografia mostra toda a sua magia através dos olhos e lentes atentas do fotógrafo.