segunda-feira, 15 de junho de 2009

OCEANOS PLASTIFICADOS


Um dos maiores problemas da humanidade em nossos dias diz respeito ao lixo. Somos criaturas fantásticas na produção diária de toneladas de lixo que atormentam principalmente os grandes centros. Discutem-se soluções de todo tipo, todos os dias em todas as partes e enquanto isto, o problema se arrasta e com ele, a quantidade de lixo também. O pior é que o lixo se arrasta muito longe dos chamados “lixões” e começa a trazer à tona, literalmente, um problema ainda mais sério: a poluição dos mares.
Olhando à distância o oceano, isto pode parecer uma balela, mas o fato é que o volume de lixo jogado nos mares é muito maior do que a gente pode imaginar. A grande maioria desse lixo que boia pelas águas ocânicas é constituido de plásticos, como garrafas, embalagens de comida, copos e talheres e, em algumas partes, esse tipo de lixo corresponde a 80% do lixo encontrado no mar.

Um drama que cresce a cada ano e que está ameaçando muitas espécies marinhas, como as tartarugas, que confundem um sacola plástica boiando com uma água-viva, seu alimento preferido. Uma vez ingerida a sacola, o resultado é o sufocamento do animal e a consequente morte. Isto sem contar com mamíferos, aves e peixes que também confundem essa lixarada com alimento.
A situação é castastrófica e tende a piorar se os governos não começarem a dar atenção maior ao fato, fiscalizando as atividades portuárias e pesqueiras além do turismo, que são algumas das fontes produtoras do lixo no mar. Além disso, nas épocas de veraneio, quando as praias ficam abarrotadas, grande quantidade do lixo ali deixado é apanhada pelas ondas e permanece indo e vindo por tempo indeterminado.
Quem duvida pode comprovar o fato dando um pulinho agora, nesta época de inverno quando as praias estão praticamente desertas.
As cenas são sórdidas, com garrafas pets devolvidas pelas ondas e totalmente tomadas por várias espécies de mariscos e sem contar com uma outra gama de lixo que foi sumariamente deixado pelo homem enquanto se divertia no verão.
As pessoas acreditam que o mar deve ser um grande reciclador ou filtro, capaz de dar conta de toda essa bagulheira, no entanto, os oceanos estão pedindo socorro porque o mar já não consegue dar conta de tantos dejetos depositados pelo homem.
Isso tudo sem esquecer da contaminação das águas por produtos quimicos de todas as origens, principalmente o óleo que é derramado por embarcações entre outros.
Não vamos entrar em estatísticas e dados técnicos, porque isto está sendo feito faz tempo e os resultados são os piores possíveis. Em todas as partes, nos 12 principais mares do planeta, a situação é idêntica e os custos para a limpeza de praias em algumas regiões são astronômicos. Falta consciência em todos os sentidos e a cada ano que passa, principalmente em nossas praias, o que se observa é a qualidade da água cada vez mais comprometida e naturalmente, imprópria para o banho e diversão das pessoas. Outras causas acabam surgindo, como doenças da pele como micoses e até alguns casos de intoxicação, resultados óbvios da lixarada que trafega mar adentro sem um mínimo de piedade pelo chamado “celeiro da humanidade”.
Além do lixo despejado no mar em todas as partes, ainda temos o velho drama dos esgotos que são despejados em pequenos rios dos balneários e que afluem para o mar. Em alguns pontos, e no Brasil são muitos, ainda temos e podemos sempre osbervar, aquela enorme quantidade de peixes que caem na rede dos pescadores e, por não servirem ao consumo são jogados ali mesmo, na praia.Fora os pescados que são “limpos” nas barraquinhas e suas vísceras também jogadas na água. Se você pensar bem, haja coragem para dar um mergulho em águas totalmente poluidas. É uma vergonha deparar com toda esta situação e ficar alheio a ela, em qualquer tempo afinal; as pessoas lembram muito pouco de que é preciso manter a higiene marinha pois, é de lá que vem para a nossa mesa todos aqueles saborosos frutos do mar que agora, podem nos proporcionar uma grande e desagradável surpresa: uma intoxicação alimentar.
Gente! Não é utopia e nem brincadeira de mau gosto. Trata-se de uma triste realidade e nós, cada um de nós podemos modificar este panorama terrível, começando em nossas praias, fazendo apelos a todas as pessoas para depositarem o lixo nos devidos locais e assim; ter praias limpas, com água apropriada e o mais importante: bem-estar para todas as pessoas e para a vida marinha, bem ali à sua frente. A natureza só poderá agradecer a cada um de nós. Começe já a fazer a sua parte!

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