quarta-feira, 19 de agosto de 2015

EU E O ET

Já tive a sorte de observar esses objetos voadores não identificados por três vezes. Não fiz muito alarde para evitar aquele rótulo de maluco. Que “eles” existem não nos resta a menor dúvida até porque o universo é tão amplo que seria muita ousadia da nossa parte achar que somos únicos em meio à toda esta vastidão. Muitos ficam intrigados quando o tema discutido são os Ets e suas naves que volta e meia circundam diferentes pontos do planeta. 
Há quem questione a falta de contato e até mesmo aquelas fotos em que as supostas naves sempre aparecem desfocadas. O homem tem sim uma imaginação muito fértil e sempre aproveita de vários temas para criar uma atmosfera de medo em seus semelhantes. Posso me considerar um privilegiado em ter observado essas naves e até de ter tido um estranho contato através de uma dessas tantas viagens astrais, para a maioria de nós, os sonhos. Pena que não consigo lembrar o que disseram, mas isto pouco importa.
 Me pego por aqui nestes tempos em que a própria Nasa já anuncia a possibilidade de contato com extraterrestres em uma década, divagando sobre um possível encontro com um desses sêres cuja imaginação nossa os transformou em figuras muito estranhas. 
Talvez ele tenha muito para contar sobre suas viagens através da galáxia, de suas aventuras por entre tantas estrelas e do seu planeta, imagino eu, há milhões de anos luz da Terra. Mas em minha mente, “ele” vai mesmo é relatar suas experiências nestas suas visitas por aqui. Talvez ele exalte as belezas que a Terra possui e até diga que, quando está se aproximando daqui pelo espaço, seus olhos fiquem imensamente encantados com aquele azul que o atrai como a flor mais bela atrai uma esvoaçante borboleta. Vai falar sobre os oceanos e suas belas e estranhas formas de vida, da mesma maneira que falará por certo sobre os rios, as florestas, a chuva, os animais, as geleiras, a aurora boreal e dará um toque de poesia quando exaltar as noites em que a Lua passeia ali, tão pertinho para coordenar as marés e receber olhares de apaixonados namorados. 
Tudo tão belo para um visitante acostumado a ver, lá no espaço, tantas maravilhas que nem nossa imaginação tem a capacidade de criar. Mas ele vai falar da gente, da nossa forma, da nossa fala, dos nossos gestos, das nossas atitudades e das nossas criações, desde as mais oportunas e maravilhosas até aquelas capazes de destruir o planeta, de fazê-lo virar pó. E ele vai apontar para esses bilhões de humanos que circulam pelas artérias da Terra em sua volúpia para sobreviver e por certo assinalará para a incorerência que é a rainha de todos, por quanto temos tantas maravilhas e acabamos cada vez mais com elas, pela ganância desenfreada.
 Dirá ele que somos cegos por não enxergar a beleza que nos foi dada por um criador, que somos surdos por não ouvir as canções da natureza e que somos mudos porque preferimos nos calar para ocupar um certo porto seguro enquanto outros padecem vitimas da opressão, da escravidão, da fome, da sede, das pestes, das guerras, da poluição e da indiferença que assola os quatro cantos. 
Apontará para os muros que separam os “iguais”, diferentes apenas por suas bandeiras. Apontará os exércitos, seus tanques e suas armas sempre apostos para aniquiliar os “iguais”,agora inimigos. 
Apontará nossos imensos jardins tomados por neblinas toxicas e nossa impiedosa busca por uma tal felicidade que há muito se escondeu nas entranhas de cada coração. 
Dirá ele em tom solene: “Que gente mais esquisita são vocês!” 
E partirá em sua nave na velocidade da luz, cruzando galáxias, tocando estrelas, para contar à sua gente a respeito de tudo o que não se deve fazer para se viver em paz e em harmonia.

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