Sucesso do Programa de Reprodução permite o envio de espécimes para outras
instituições; um casal será levado para a França no próximo mês.
O Refúgio Biológico Bela Vista, da Itaipu Binacional, na fronteira do Brasil com o Paraguai, registrou no último domingo (26) a chegada do 50º filhote do Programa de Reprodução de Harpias (Harpia harpyja), mantido pela usina. O nascimento do bebê harpia consolida a iniciativa como o maior programa de reprodução em cativeiro da ave símbolo do Paraná no mundo. Para o diretor de Coordenação, Luiz Carbonell, essa é mais uma grande conquista da Itaipu, que é referência em vários projetos e ações sociambientais.
Foto : Alexandre Marchetti/ ItaipuBinacional
Foto: Refúgio Bela Vista/ItaipuBinacional
Exportação
A taxa de sobrevivência de filhotes, que fica em torno de 80%,
permite que o Programa de Reprodução de Harpias da Itaipu seja um
fornecedor de espécimes para várias instituições ambientais. A próxima
doação será de um casal que será enviado ao ZooParc Beauval, na cidade de
Saint-Aignan, na França.
A Itaipu aguarda os resultados de alguns testes sanitários para que
as aves embarquem para a Europa, o que deve acontecer no próximo mês.
As duas aves que serão enviadas para a França são consideradas “de
segunda geração”: são filhotes de aves nascidas no Refúgio. “Para
exportação de animais silvestres nativos, é permitido somente o envio de
animais de segunda geração. É uma estratégia para manter conservado o
material genético no seu país de origem, porém, permite a participação de
outras instituições em programas integrados de conservação da espécie”,
explica Marcos.
Natureza
O objetivo, num futuro próximo, é devolver as aves nascidas em
cativeiro à natureza. “Já temos animais com idade compatível para entrar em
um programa de soltura”, explica Oliveira. “É preciso finalizar o processo,
criar um recinto no meio da floresta, longe do contato humano, colocar
presas vivas para as aves caçarem.”
Segundo ele, as aves precisam estar expostas a situações naturais,
como procura de comida ou a falta de proteção contra a chuva e do sol. O
Programa já está em contato com outras instituições para encontrar locais
onde seriam feitas estas solturas.
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