Antes de tudo, quero avisar que a última vez que estive num estádio de futebol já lá se vão uns cinco anos. Motivo do meu afastamento? A violência!!!
Pois bem; quando vejo o quebra-pau nos grandes clássicos principalmente, me entristeço porque os espectadores acabam deturpando a magia do que deveria ser um espetáculo. Também não consigo assimilar essa coisa que determinados torcedores têm na cabeça que os levam a não aceitar que os outros torçam pelo time adversário. É uma coisa típica de débil mental. Quando vejo pela televisão alguns jogos, ou trechos deles lá pela Europa e observo torcedores rivais ocupando os mesmos espaços confesso que fico aqui, em nossa distância, divagando sobre a questão que tanto atravanca o nosso desenvolvimento social: a falta de educação!
Ela se faz presente nos estádios, no trânsito e em uma gama de outros lugares, contribuindo para aquelas mazelas de cada um dos nossos dias.
Preocupa-me cada vez mais essa coisa de não poder vestir a camisa do meu time sob o risco de levar uma surra ou um tiro, como a gente tem visto ocorrer por ai.
Mas da mesma maneira, me enche de satisfação saber que torcedores de uma partida de futebol na Colômbia de repente ficaram todos do mesmo lado. Tudo em função de uma azarada coruja que levou uma bolada, quebrou a asa e foi covardemente chutada por um atleta.
Talvez a revolta tenha sido maior porque o bicho era uma espécie de mascote da torcida local. O jogador Luis Moreno, do Deportivo Pereira não poderia ter tido atitude tão desastrada a ponto de ser inclusive ameaçado de morte. E aqui entra outra vez o conceito da violência ao invés da ação da justiça. Pelas noticias e vídeos inseridos na Internet a gente também fica de certo modo revoltado com a cena e é claro que o atleta teria que ser penalizado de alguma maneira, ainda que a pobre ave viesse a falecer dias depois do incidente. Me parece que o jogador foi suspenso por duas partidas e multado numa quantia em torno de 930 reais. Depois disso tudo o jogador se disse arrependido e que sua situação estaria muito delicada em função do ocorrido, já que passou a ser ameaçado pelos torcedores do Junior de Barranquilha, revoltados por ele ter agredido justamente o símbolo de sua torcida.
O triste de tudo é que a coruja morreu e a multa aplicada evidentemente não irá para sua suposta família.
A invasão de animais nos campos de futebol é sempre um fato curioso e já tivemos a chance de ver cachorro, gato, pombo, corvo e o quero-quero, que habita a maioria dos campos de futebol do país. Mas nunca nenhum atleta havia chutado um desses bichos como o que aconteceu recentemente.
Pode ser um bom sinal esta preocupação em massa com os bichos, embora a violência no futebol esteja ainda muito longe de encerrar seus dias.
Tenho vontade de voltar aos estádios, torcer pelo meu time, comer pipoca, amendoim e tomar uma cervejinha com aquele pão com bife que não existe igual em nenhum outro lugar do mundo. De repente retorno e acredito que assim como eu, uma legião de outros torcedores que também se afastaram gostariam de fazer o mesmo. Vamos torcer ainda longe dos estádios, não pelos jogos, mas para que a paz volte a reinar e a gente possa ir aos jogos para ver um bom espetáculo, os quero-queros atormentando a vida dos jogadores e depois, quando tudo terminar, na calada da noite, a gente, ainda que bem longe, ter a certeza de que a coruja está lá, dormente sobre o canto da trave, preservando para sempre a antiga expressão que revela aquele golaço que a gente paga com prazer para ter a chance de ver e de gritar. Aquele gol onde o atacante manda a bola “lá onde a coruja dorme!”
Pois bem; quando vejo o quebra-pau nos grandes clássicos principalmente, me entristeço porque os espectadores acabam deturpando a magia do que deveria ser um espetáculo. Também não consigo assimilar essa coisa que determinados torcedores têm na cabeça que os levam a não aceitar que os outros torçam pelo time adversário. É uma coisa típica de débil mental. Quando vejo pela televisão alguns jogos, ou trechos deles lá pela Europa e observo torcedores rivais ocupando os mesmos espaços confesso que fico aqui, em nossa distância, divagando sobre a questão que tanto atravanca o nosso desenvolvimento social: a falta de educação!
Ela se faz presente nos estádios, no trânsito e em uma gama de outros lugares, contribuindo para aquelas mazelas de cada um dos nossos dias.
Preocupa-me cada vez mais essa coisa de não poder vestir a camisa do meu time sob o risco de levar uma surra ou um tiro, como a gente tem visto ocorrer por ai.
Mas da mesma maneira, me enche de satisfação saber que torcedores de uma partida de futebol na Colômbia de repente ficaram todos do mesmo lado. Tudo em função de uma azarada coruja que levou uma bolada, quebrou a asa e foi covardemente chutada por um atleta.
Talvez a revolta tenha sido maior porque o bicho era uma espécie de mascote da torcida local. O jogador Luis Moreno, do Deportivo Pereira não poderia ter tido atitude tão desastrada a ponto de ser inclusive ameaçado de morte. E aqui entra outra vez o conceito da violência ao invés da ação da justiça. Pelas noticias e vídeos inseridos na Internet a gente também fica de certo modo revoltado com a cena e é claro que o atleta teria que ser penalizado de alguma maneira, ainda que a pobre ave viesse a falecer dias depois do incidente. Me parece que o jogador foi suspenso por duas partidas e multado numa quantia em torno de 930 reais. Depois disso tudo o jogador se disse arrependido e que sua situação estaria muito delicada em função do ocorrido, já que passou a ser ameaçado pelos torcedores do Junior de Barranquilha, revoltados por ele ter agredido justamente o símbolo de sua torcida.
O triste de tudo é que a coruja morreu e a multa aplicada evidentemente não irá para sua suposta família.
A invasão de animais nos campos de futebol é sempre um fato curioso e já tivemos a chance de ver cachorro, gato, pombo, corvo e o quero-quero, que habita a maioria dos campos de futebol do país. Mas nunca nenhum atleta havia chutado um desses bichos como o que aconteceu recentemente.
Pode ser um bom sinal esta preocupação em massa com os bichos, embora a violência no futebol esteja ainda muito longe de encerrar seus dias.
Tenho vontade de voltar aos estádios, torcer pelo meu time, comer pipoca, amendoim e tomar uma cervejinha com aquele pão com bife que não existe igual em nenhum outro lugar do mundo. De repente retorno e acredito que assim como eu, uma legião de outros torcedores que também se afastaram gostariam de fazer o mesmo. Vamos torcer ainda longe dos estádios, não pelos jogos, mas para que a paz volte a reinar e a gente possa ir aos jogos para ver um bom espetáculo, os quero-queros atormentando a vida dos jogadores e depois, quando tudo terminar, na calada da noite, a gente, ainda que bem longe, ter a certeza de que a coruja está lá, dormente sobre o canto da trave, preservando para sempre a antiga expressão que revela aquele golaço que a gente paga com prazer para ter a chance de ver e de gritar. Aquele gol onde o atacante manda a bola “lá onde a coruja dorme!”
Um comentário:
Oi Pedro!!!
Belo texto!!!
Todos aqui sentiram muita revolta com o ocorrido, foi lamentável.
E eu que amo corujas!!! Um fato mto triste.
Bjuss
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