Um certo livro, uma certa estória, uma certa autora! Se eu soubesse teria lido muito antes, mas para isto, teria também que ter aprendido um bom tanto de alemão... Pequenos detalhes à parte o que importa mesmo é descobrir o quanto de riqueza existe em muitas obras literárias espalhas mundo afora. A Gata ou Como Perdi a Eternidade é um desses livros que já atrai nossa atenção só pelo titulo tão sugestivo. Mas ele resguarda muito mais do que pequenos segredos a respeito da vida. Todo dia, no caminho para a escola, Cristine, uma menina de oito anos, encontra uma velha gata branca de rua – e acaba chegando atrasada na aula. É que Cristine, muito curiosa, tem perguntas sobre tudo, e nem seus pais, nem seus professores parecem saber as respostas para suas indagações. Já a gata – que é muito convencida – sempre tem respostas na ponta da língua, e aos poucos vai ensinando a Cristine aquilo que realmente importa na vida... Mas será que Cristine deve acreditar em tudo o que a gata diz? Com extrema sensibilidade, a premiada escritora alemã Jutta Richter explora o desconcertante universo de uma criança que busca conciliar suas próprias descobertas com os complicados critérios do mundo adulto. Nascida em 1955 na cidade de Burgsteinfurt, Jutta estudou Teologia, Germanística e Jornalismo e publicou seu primeiro romance ainda estudante. De lá para cá já publicou diversas obras que lhe renderam importantes premiações. Em A Gata ou Como Perdi a Eternidade, as ilustrações são obras de Rotraut Susanne Berner que também é autora e nasceu em Stuttgart em 1948. Ela também já recebeu muitos prêmios pelos seus magníficos trabalhos. A união desses dois talentos só poderia resultar numa obra que dispensa outros comentários e só pode nós incitar à sua leitura. E isto só é possível, para nós que não falamos e nem lemos em alemão, graças ao tradutor Daniel R. Bonomo, um paulista nascido em 1981 que é mestre em língua e literatura alemã pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Esta é a sua primeira tradução literária e, diga-se de passagem, ele já começou traduzindo a essência de uma verdadeira jóia rara.
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