Livre e solto em seu habitat só tive a chance de ver um tamanduá uma única vez quando ainda menino. As pessoas de então diziam que era um bicho perigoso. Foram necessários muitos anos para que finalmente eu pudesse descobrir que não eram, necessariamente, tão perigosos assim. De uma beleza incrível, os tamanduás esmiúçam os cupinzeiros para se alimentar e dão um toque especial a qualquer cenário dito selvagem. Nestes tempos de fogaréu ali pelo Pantanal sabemos que muitas espécies sucumbiram e muitos exemplares da fauna foram salvos por pessoas decididas a esta tarefa tão importante e complicada. São pessoas que empunham a bandeira da preservação e vão à luta, mesmo expondo-se às ameaças do fogo ou até mesmo a ataques de animais peçonhentos.
Assim, deparo neste universo da internet com um vídeo feito lá naquelas bandas onde um jovem caminha sendo seguido por um tamanduá. Ele resgatou o animal com seu filhote e agora, adotados, mãe e bebê não desgrudam do rapaz e dos seus cuidados. Carinho e dedicação aliados ao respeito integram sim as ditas feras à fera maior que pode se transformar um homem. Aquele jovem empunhou a bandeira da bondade e da consciência ecológica e a mamãe tamanduá com seu filhote nas costas sabe que ali está segura para perpetuar sua espécie já tão ameaçada.A natureza nos tem ofertado
tantos exemplos, mas ainda assim a ganância e o desrespeito do homem se fazem
mais fortes a ponto de aniquilar imensas áreas em detrimento dos altos lucros
através do agronegócio. O mundo precisa de alimentos, mas a alma humana precisa
de muito mais.
-Pedro Brasil Jr – 19/10/2020 -
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