WANDO, WHITNEY E OS MÍSSEIS AVENIDAS À FORA

De repente, vozes que se calam!
A música acaba de perder dois talentos e o romantismo trata de apertar corações.

Wando deixou uma legião de fãs por aqui, com suas canções apaixonadas, exaltando a magia do amor, da paixão, dos encontros escritos lá nas estrelas e que certamente, para muitas pessoas, ficarão eternamente marcados em suas letras simples e profundas.

Não se pode neste instante querer dizer algo a mais do que o cantor representou em sua trajetória artística a não ser de que deixará sim muitas saudades. Fiquemos, ora pois, com sua voz gravada nos discos para celebrar, qualquer dia desses, um cadinho de lembrança na reprodução de algum aparelho.

Da mesma maneira, a gente se surpreende ao deparar com a partida de Whitney Houston.Aquela voz incomparável que atravessou fronteiras cantanto também o amor em todas as suas nuanças. Em cada perda uma situação diferente mas em ambas, um vazio que fica e que nos leva a pensar, cada vez mais na falta que estes dois talentosos artistas e tantos outros que já partiram nos fazem, principalmente quando tudo o que mais desejamos é brindar os ouvidos e o coração com música que toque a alma.

Em algum lugar, que a Luz esteja com eles.

MISSEIS PELA AVENIDA

Nestes tempos de pré-carnaval, "avenida" nos lembra de imediato os desfiles das escolas de samba, da festa colorida de Momo e da diversão de todo um povo, de norte a sul. Em outros ocasiões, as avenidas nos levam ao trânsito cada vez mais caótico, apertado,engarrafado. Mas na calada da noite e madrugada adentro, as avenidas, em todas as partes nos enchem de medo, porque são através delas que os malucos conduzem suas máquinas mortais: os automóveis!

Final de janeiro e lá estavam numa avenida de Santo André dois jovens condutores em alta velocidade. De repente, à sua frente um trabalhador em sua Kombi fazendo uma conversão das mais simples. Numa fração de segundo os dois veículos, em alta velocidade transformaram a Kombi num amontoado de ferro e lata, e assim, tiraram a vida do seu condutor. As imagens mostradas pela televisão, tão claras e evidentes, nos mostraram os dois veiculos em alta velocidade, como se fossem dois implacáveis misseis desfilando pela avenida, mortais, avassaladores...

Mais uma família sofrendo e mais uma vez, nós, do outro lado da tela, temos que ver as imagens e ouvir alguém dizer que a culpa foi o condutor da Kombi e que os veiculos estavam a pelo menos 60 quilômetros por hora.Estava, um deles, a 165km por hora e o outro, não estaria muito abaixo. O fato é que os jovens ao volante pensam que a vida real é um game e pouco importa quem perde a vida neste jogo cruel, irresponsável e que mais adiante, ao final das contas, acabará por isto mesmo. Quando é que nossas leis tornar-se-ão mais rigorosas?