quarta-feira, 11 de abril de 2012

BEBER E DIRIGIR EM CURITIBA - ISSO PODE?

Vejam só como as aparências enganam!
Eu acreditava piamente que Curitiba fosse a capital campeã no trânsito em se tratando do “não uso da seta”. É algo inusitado considerando a tradição de “Cidade Universitária” que, em principio nos leva a crer em um povo mais culto e muito mais educado. Ledo engano!
Pelas ruas e avenidas a gente topa a todo instante com motoristas que trocam de faixa ou fazem uma conversão sem utilizar a seta. Quem vem atrás que se dane!
Pior ainda é quando a gente observa uma placa indicativa que diz que o condutor que estiver naquela faixa deverá fazer obrigatoriamente a conversão para a direita ou para a esquerda, dependendo da via. O que a gente vê são motoristas que simplesmente cortam a frente dos demais sem darem importância à regra.
E tem mais uma agravante em nossa maravilinda “Capital Ecológica”: os motoristas não se importam em dirigir e usar o celular.
Os números impressionam a olho nú, sem que seja necessario se fazer uma pesquisa. Em outras palavras, Curitiba tem um número assustador de motoristas irresponsáveis e por causa deles, todos os dias os acidentes se multiplicam pelos quatro cantos da cidade.
O que me deixa agora ainda mais preocupado é que Curitiba, através de uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, ocupa a terceira colocação entre as 26 capitais com mais pessoas que dirigem após beber.
Antigamente, os adesivos machistas diziam: “Mulher no volante, perigo constante”. Hoje deveriam dizer “Bêbados ao volante, perigo constante”.
Nenhuma surpresa Brasil afora ou pelas ruas da capital paranaense, até porque, nestes tempos em que se discute sobre a liberação de bebidas nos estádios para a Copa 2014 e a gente vê torcedores se matando na saida dos estádios, creio que se deva pensar mais seriamente no caso, porque em nosso país os jogos de interesses são feitos abertamente através da mídia quando a gente vê pela televisão uma mensagem de conscientização ao volante, pedindo para não beber e dirigir e logo em seguida entra um comercial de cerveja sugerindo que a vida é realmente muito bela e divertida.
Nos finais de semana, seja em Curitiba ou qualquer outra grande cidade, qualquer um sabe que existem os clubes, sociedades,boates,bailões entre outros e que o pessoal sai desses lugares devidamente turbinados. Claro; é madrugada e raramente a polícia faz suas blitzes.
Assim sendo, o abuso segue tomando conta, ceifando vidas ou causando consequências que a Previdência Social terá que arcar com os custos, diga-se de passagem, através dos tributos recolhidos por todos os cidadãos, estejam sóbrios ou não.
Fica uma vez mais no ar aquela perguntinha infame:
O que deve ser feito?
Senhores legisladores, a hora de mudar este quadro terrível é agora. Por favor, façam valer leis mais rigorosas e massifiquem campanhas através de todos os meios hoje disponíveis.

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