
Me pego diante de um entardecer preguiçoso observando através da janela a serra distante e límpida. Esqueço do tempo, das horas e das tarefas que me esperam e me permito embarcar numa dessas viagens tão rápidas que só a mente consegue proporcionar e regresso talvez em alguns poucos minutos.
A cena é única e rara nestes tempos em que muita gente ruma para o litoral e assim, deixam as praias constantemente abarrotadas, tanto de pessoas quanto de muito lixo.
Mas a minha cena é a praia vazia, deserta mesmo, por onde eu caminho nestas frações de segundos da mesma maneira que já o fiz por algumas vezes. Uma jornada ouvindo o quebrar das ondas, sentindo a brisa tocar o rosto e volta e meia deixar a visão vislumbrar a perfeição do vôo de uma gaivota.
Pronto! – Estou de volta a esta realidade de uma tarde em que o trabalho exige sua seqüência e onde me deixo reservar na mente mais uma dessas raras opo
rtunidades na forma exata de um planejamento sem data marcada.
As horas galopam, as tarefas são concluídas e agora, me permito abrir os portais da Internet e viajar por ai, talvez na busca de algo novo, inusitado ou curioso.
Clico aqui e ali e de repente lembro de uma antiga canção do Walter Franco, lá dos anos 80 e decido procurar a letra para ver se ando cantando corretamente. A letra surge na tela e com ela vem de brinde um vídeo que me faz parar outra vez para imaginar “toda a beleza do mar”.
Assim, decido que vou “pendurar” a letra por aqui bem como o vídeo, mas é preciso uma imagem de um barco a vela, já que o titulo da canção de Cid e Walter Franco é “Vela Aberta” e vela aberta realmente incita em navegar por horizontes desconhecidos.
Clico outra vez aqui, ali e acolá e de repente deparo com uma pintura que me captura sem piedade. Abduzido pela cena fico com os olhos parados observando.
Quem seriam as duas damas passeando naquela praia?
O texto daquele portal todo em dinamarquês... E agora?
Ah! Lembrei das ferramentas de tradução do Google e não tive dúvidas, consegui levantar alguma coisa importante.
Tudo começou com meu olhar na serra, minha mente na praia, meus afazeres, a música do Walter Franco e agora, estou eu na Dinamarca, confuso naquela linguagem que me parece misturar inglês com alemão e por ai vai.
Mas nós, aventureiros do tempo, não podemos parar a jornada por causa de detalhes tão pequenos. A tela com as damas está aqui, diante dos meus olhos, com toda a sua história e a história do talento de mais um desses gênios da pintura que poucos já ouviram falar.
Pois bem; a obra intitula-se “Noite de Verão no Sul da Praia de Skagen” e o autor, Peder Severin Krøyer a pintou no já tão distante 1893.
Volto a minha pergunta: Quem seriam as duas damas da pintura?
Foi difícil confesso, mas descobri se tratar de Anna Ancher e Marie Krøyer, esposa do artista. Anna era esposa de um amigo de Peder, o também artista Michael Ankers.
Peder nasceu em 23 de julho de 1851 e viveu até 21 de novembro de 1909, período em que escreveu sua história sempre movido pela paixão. Isso o transformou num líder não oficial de um grupo de artistas dinamarqueses e de outros países nórdicos que viveram, trabalharam ou se encontravam na cidade de Skagen, na Dinamarca.
Conhecido como P.S. KrØyer, o artista fez muitos registros através de cenas de praias onde mostra tanto a vida recreativa dos banhistas como a vida dos pescadores. Muitos dos seus trabalhos integram a coleção permanente do Museu
Skagens que é dedicado à comunidade de artistas, incluindo aqueles que se reuniram em torno de Krøyer.
Agora, aprecie você também a beleza da tela e se deixe levar por sua viagem particular, porque eu devo confessar que minha jornada por hoje foi gratificante, embora cansativa. Vou recompor as energias e ativar a mente. Logo, estarei navegando outra vez neste meu “barco a vela” que tem a capacidade de singrar os oceanos da alma.
A cena é única e rara nestes tempos em que muita gente ruma para o litoral e assim, deixam as praias constantemente abarrotadas, tanto de pessoas quanto de muito lixo.
Mas a minha cena é a praia vazia, deserta mesmo, por onde eu caminho nestas frações de segundos da mesma maneira que já o fiz por algumas vezes. Uma jornada ouvindo o quebrar das ondas, sentindo a brisa tocar o rosto e volta e meia deixar a visão vislumbrar a perfeição do vôo de uma gaivota.
Pronto! – Estou de volta a esta realidade de uma tarde em que o trabalho exige sua seqüência e onde me deixo reservar na mente mais uma dessas raras opo

As horas galopam, as tarefas são concluídas e agora, me permito abrir os portais da Internet e viajar por ai, talvez na busca de algo novo, inusitado ou curioso.
Clico aqui e ali e de repente lembro de uma antiga canção do Walter Franco, lá dos anos 80 e decido procurar a letra para ver se ando cantando corretamente. A letra surge na tela e com ela vem de brinde um vídeo que me faz parar outra vez para imaginar “toda a beleza do mar”.
Assim, decido que vou “pendurar” a letra por aqui bem como o vídeo, mas é preciso uma imagem de um barco a vela, já que o titulo da canção de Cid e Walter Franco é “Vela Aberta” e vela aberta realmente incita em navegar por horizontes desconhecidos.
Clico outra vez aqui, ali e acolá e de repente deparo com uma pintura que me captura sem piedade. Abduzido pela cena fico com os olhos parados observando.
Quem seriam as duas damas passeando naquela praia?

Ah! Lembrei das ferramentas de tradução do Google e não tive dúvidas, consegui levantar alguma coisa importante.
Tudo começou com meu olhar na serra, minha mente na praia, meus afazeres, a música do Walter Franco e agora, estou eu na Dinamarca, confuso naquela linguagem que me parece misturar inglês com alemão e por ai vai.
Mas nós, aventureiros do tempo, não podemos parar a jornada por causa de detalhes tão pequenos. A tela com as damas está aqui, diante dos meus olhos, com toda a sua história e a história do talento de mais um desses gênios da pintura que poucos já ouviram falar.

Volto a minha pergunta: Quem seriam as duas damas da pintura?
Foi difícil confesso, mas descobri se tratar de Anna Ancher e Marie Krøyer, esposa do artista. Anna era esposa de um amigo de Peder, o também artista Michael Ankers.
Peder nasceu em 23 de julho de 1851 e viveu até 21 de novembro de 1909, período em que escreveu sua história sempre movido pela paixão. Isso o transformou num líder não oficial de um grupo de artistas dinamarqueses e de outros países nórdicos que viveram, trabalharam ou se encontravam na cidade de Skagen, na Dinamarca.
Conhecido como P.S. KrØyer, o artista fez muitos registros através de cenas de praias onde mostra tanto a vida recreativa dos banhistas como a vida dos pescadores. Muitos dos seus trabalhos integram a coleção permanente do Museu

Agora, aprecie você também a beleza da tela e se deixe levar por sua viagem particular, porque eu devo confessar que minha jornada por hoje foi gratificante, embora cansativa. Vou recompor as energias e ativar a mente. Logo, estarei navegando outra vez neste meu “barco a vela” que tem a capacidade de singrar os oceanos da alma.
- Pedro Brasil Jr -
Curitiba - 16/09/2010
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