quinta-feira, 21 de abril de 2011

DONA BÁRBARA PROMETE TREMER A TELINHA

Seria uma santa se não fosse em parte, um demônio! Dona Bárbara é uma história antiga, escrita em 1929 por Rômulo Gallegos e já exibida anteriormente em outras versões e inclusive em filme. Mas esta Dona Bárbara promete mesmo fazer tremer a telinha de todos os televisores que estiverem sintonizando a CNT – Central Nacional de Televisão – a partir do próximo dia 2 de maio às 21 horas.
A história começa em meio à beleza, magia, encantos e mistérios da floresta amazônica. Bárbara é uma jovem inocente, envolvida em seu pequeno mundo e alheia à grandeza que existe muito além de suas andanças em barco pelos rios amazônicos.
Além dos perigos comuns à floresta, seu pai tem que cuidar da menina-moça contra a selvageria que se revela em muitos homens daquela terra hostil.
Mesmo diante de tantos cuidados, ele não consegue evitar que um grupo de sanguinários mercadores que assustam a região se aposse de sua filha abusando dela sexualmente e matando a ele e ao primeiro grande amor da jovem, o maestro Asdrúbal.
A partir do ocorrido ela é socorrida pela velha Eustáquia, que se encarrega de levá-la a uma tribo de índios onde a menina se recupera, mas cresce revoltada e disposta a se vingar de todos os homens que a violentaram. Com o passar o tempo e muito jogo de cintura, ela adquire grande poder e respeito em sua região, tornando-se uma mulher decidida e disposta a fazer valer a sua lei a qualquer preço.
Mas sua vida vai sofrer mudanças quando o proprietário-herdeiro da Fazenda Altamira, Santos Luzardo, regressar da Europa para tentar revitalizar suas terras. Ao saber da noticia, Bárbara planeja com seus capangas dar um fim no homem, mas quando ela o vê, sua mente se enche de grandes recordações, porque Santos Luzardo muito se parece com Asdrúbal, o seu primeiro grande amor.
A partir do regresso de Luzardo, o seu capataz, Balbino Paiva, é de imediato demitido, já que ele tem trabalhado sempre em favor de Bárbara, ajudando-a inclusive a roubar parte das terras da fazenda Altamira e do seu gado. Luzardo ouve falar da poderosa mulher, mas ainda não a conhece. Isto ocorre depois de uma jornada de trabalho em que ele decide tomar banho no rio. Próximo dali, ele descobre que existe uma mulher se banhando nua e tenta se aproximar. Ela faz sua parte, se insinuando e deixando-o boquiaberto. Pouco mais à frente, chega o momento de um encontro, mais para discutir fronteiras entre suas fazendas do que para falar de um possível romance.
Neste meio tempo, ele também descobre que existe uma jovem que vive pelas matas como se fosse um animal e fica sabendo se tratar da “Chorona”, uma menina que vive com o pai, um bêbado. Luzardo decide encontrar a menina e logo de cara também se encanta com a sua beleza, ainda que selvagem. Ela é Maricela, filha de Lourenço, antigo dono das terras que hoje pertencem à Dona Bárbara.
Luzardo tenta uma aproximação com seu primo, já que antigamente suas famílias viviam uma verdadeira guerra por causa das terras. O que ele não sabe é que Maricela também é filha de Bárbara, que foi rejeitada pela mãe tão logo nasceu. O plano de Bárbara era se envolver com Lourenço para lhe tomar as terras. E isso ela conseguiu facilmente.
Luzardo passará a cuidar da menina-moça e é evidente que nascerá por ai uma paixão. Mas Dona Bárbara também deseja o coração do fazendeiro e este triângulo promete mesmo sacudir todas as telas e brindar o público com emoções realmente fortes e marcantes porque Luzardo tem uma bela noiva o esperando em Paris.

DONA BÁRBARA – Estréia dia 2 de maio, segunda-feira, às 21 horas.
Veja as chamadas , fotos e outras informações em www.redecnt.com.br
A seguir, a ficha técnica desta produção da Telemundo em parceria com a Sony Corporation.
Escrita por
VALENTINA PARRAGA
CONSUELO GARRIDO
Baseada na obra de
RÔMULO GALLEGOS
Elenco principal
EDITH GONZALEZ -
CHRISTIAN MEIER - GENESIS RODRIGUEZ
Participações especiais:
MARITZA RODRIGUEZ
LUIS MESA
JENCARLO CANELA
KATIE BARBERI
ARAP BETHKE
PAULO QUEVEDO
ROBERTO MATEOS
RAUL GUTIERREZ
IVAN RODRIGUEZ
Direção de arte
GABRIELA MONROY
Direção de fotografia
EDUARDO CARRERO
Tema Original
NICOLAS URIBE
OLIVER CAMARGO
JOSE CARLOS MARIN
Trilha sonora
ALEJANDRO DIAZ
Intérprete
ESTELA DIAZ
Produtor executivo
HUGO LEON FERRER
Direção
MAURICIO CRUZ
AGUSTIN RESTREPO

sábado, 16 de abril de 2011

CARTA A UM CERTO SPENCER

CARTA A UM CERTO SPENCER

-Pedro Brasil Júnior -
Tenho por costume, regressar no tempo em busca de aventuras comuns à minha vida e, ao mesmo tempo, de emoções plantadas e vividas por essa gente que faz parte de todo o nosso contexto histórico. Volto, com freqüência, uns 20 ou 30 anos, porém; regressar há 100 anos não é tarefa das mais fáceis. Principalmente porque há 100 anos, provavelmente, eu estivesse em outras andanças, naqueles tempos que anunciavam drásticas mudanças nos rumos da história. Mas volto hoje através deste tempo que não para. Volto para ver nascer uma estrela e com o próprio tempo, acompanho sua trajetória. Agora, peço que me permita chama-lo pura e simplesmente de Spencer. Spencer é um nome comum, assim como tantos outros nomes, mas se o chamasse agora pelo nome que o tornou famoso, seria o mesmo que tentar narrar um fato histórico sem ao menos se ter uma idéia das coisas e das pessoas que dele fizeram parte. Peço a você, caro amigo Spencer, que me permita pedir-lhe hoje, cem anos depois do seu nascimento, que regresse – para outra vez contribuir para com a humanidade, no sentido de que as pessoas nunca esqueçam que existem injustiças, desigualdades, incompreensões e, sobretudo, o amor e a alegria. Sim; você precisa voltar! Eu sei que não voltarás da figura que o tornou um símbolo. Eu sei que, se voltar, virás incumbido de nova missão. E eu espero que esta nova missão seja para você tão difícil quanto à passada. Não é fácil compreender os homens! Não é fácil fazer os homens rir! E nunca foi tão difícil trilhar um caminho como nos tempos em que andavas por aqui na busca de reconhecimento. Você, amigo Spencer, conseguiu tudo isto! És símbolo da alegria mágica – a alegria que nos faz rir sem esquecer que ao redor, a vida clama por mudanças. O mundo cresce Spencer! – Mas fica cada vez mais vazio sem a tua presença... Alguns tentam imita-lo! Quase conseguem... Mas a maioria dos homens nem pensa nisto! Existem outras prioridades... A bomba, a fome, a poluição e os grandes interesses que nada respeitam. Meu caro Spencer; você passou... mas soube fazer da arte a realidade da vida. Você mostrou que o improviso pode causar simples mudanças. De uma roupa maior que o seu corpo, um chapéu minguado sobre a grande cabeça e de uma velha bengala, você criou Carlitos, o gênio maior. O gênio que habitava o teu ser, mas que precisava de uma identidade própria. Meu caro Spencer; você pagou um alto preço por tudo isto, mas soube mostrar ao mundo o quanto de humano você possuía. Você deixou muito de grandioso aos homens que rumam para o século 21. Você, com toda certeza, deixou uma chave de ouro – a única que poderá abrir as portas de um novo tempo, nesta conturbada época que nos cerca. Que os homens jamais o esqueçam! Que os homens de hoje e de manhã, sempre possam olhar a tua figura e lembrar que você não foi simplesmente um palhaço que fez o mundo rir. Que os homens olhem a tua imagem e digam a si mesmos que o mundo já teve muitos gênios, muitos sábios, muitos mágicos... mas que, em tempo algum, o mundo terá outro Charles Spencer Chaplin Obrigado por você ter nascido e nos ensinado a amar. Principalmente as coisas mais simples...
• Publicado originalmente no Jornal O ESTADO DO PARANÁ – edição do dia 23 de abril de 1989.

• NOTA-

O presente texto, reproduzido na íntegra conforme publicado é mais uma justa homenagem a Charles Chaplin neste dia 16 de abril, quando celebramos a data do seu nascimento em 1889. Chaplin faleceu no dia 25 de dezembro de 1977.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

EVOLUÇÃO DO TURISMO CHEGA À CURITIBA

Não é à toa que Curitiba sempre surpreendeu pelas suas inovações. Apesar dos seus problemas típicos de uma cidade grande, a Cidade Universitária se mantém entre as melhores do país para se viver e também se fazer bons negócios. E quando o assunto são os negócios, nada melhor do que conciliar as atrações que a cidade oferece a uma novidade que promete ser mais um diferencial no tocante ao turismo. Desde a última sexta-feira, dia 15 de abril, a cidade passa a contar com uma maneira inovadora e divertida para que o turista possa conhecer alguns dos seus principais pontos de tração. A partir de agora as pessoas poderão visitar diversos locais sobre duas rodas, mais precisamente pilotando um Segway, veículo elétrico individual e ecologicamente correto que já são vistos em uso pelos agentes da Guarda Municipal. Os passeios estarão disponíveis para todos os interessados e terão como ponto de partida o Hotel Crowne Plaza, empreendimento localizado no setor histórico da capital paranaense, na Rua Pres. Carlos Cavalcanti, 600. “Nós iremos trabalhar com quatro roteiros pré-defindos. Eles serão traçados pelas principais calçadas e ciclovias do Centro, Setor Histórico e Centro Histórico. Entre os principais atrativos do passeio estão o Paço da Liberdade, a Praça Tiradentes, o Largo da Ordem, a Praça João Cândido, o Passeio Público, a Rua das Flores, o Bosque do Papa e o Museu Oscar Niemeyer”, conta Bibiana Schappel, diretora da Special Paraná, empresa que está implantando a novidade na cidade. A atividade é voltada para grupos com até cinco participantes, sempre acompanhados por guias turísticos, e terá a duração de 1h30 a 2h30, dependendo do trajeto escolhido. Antes da diversão, os interessados receberão um treinamento especial para que se sintam aptos e seguros a sair com o Segway. Os passeios custarão a partir de R$ 80,00 e as reservas devem ser feitas antecipadamente pelo telefone (41) 3232-1314. Demais informações no portal www.segwaycuritiba.com.br

segunda-feira, 11 de abril de 2011

VICTOR BASS - VIVEU NA EUROPA SEM NUNCA TER ESTADO LÁ

A poesia e a música muitas vezes caminham de mãos dadas. Em algumas ocasiões, uma poesia se traduz numa canção suave que embala a alma e em outras, uma canção se traduz na mais pura poesia da imaginação de quem seja ou não um poeta. A chamada música orquestrada é a poesia sem uma escrita definida. Ela apenas se traduz pelo conjunto de notas eficientemente distribuídas de maneira a resultar numa espécie de toque de magia. E através de uma música sem letra, cada uma faz a sua própria escrita, deixando-se levar pelos sentimentos mais profundos e navegando assim pelos desconhecidos oceanos da natureza humana. A cada um o seu dom específico embora eu deva admitir que se não fosse um pouco poeta, gostaria de ser um pouco músico. O curioso é que para ambos os casos é preciso, na maioria das vezes se deixar levar pela inspiração até que o resultado final possa encher nosso coração com uma alegria indescritível. Se música e poesia às vezes caminham juntas, poetas e músicos também. Na passagem da vida esses encontros não são uma raridade e as amizades se fortalecem porque as idéias se transmutam em palavras e notas musicais. Mas os sonhos são praticamente os mesmos: mexer com a sensibilidade alheia! Lá se vão 35 anos desde que conheci um dentre vários músicos curitibanos, uma espécie rara, enraizada na sua terra e teimosos por natureza. Este músico em especial tinha uma vantagem entre a maioria: nos finais da programação da TV Paraná - Canal 6, lá no início dos anos 70, todos os dias era executada uma de suas músicas com diversas imagens bonitas que sinceramente, levavam muitas pessoas a aguardar o encerramento da programação para curtir aquele momento todo especial e assim, ir dormir banhado pela sutileza de uma música tocante e pela harmonia das imagens. A canção era “Atlântico Sul”, no melhor estilo de Paul Muriat. Quantos teriam tido sonhos esplêndidos através daquela experiência única? Até esse tempo, Victor Bass para mim era um desconhecido e pelo nome, deveria morar muito longe. Bastaram poucos anos para que de repente surgisse na minha frente, na antiga TV Iguaçu - Canal 4 aquele individuo que tentava conseguir ali o mesmo espaço, já que na TV Paraná, com a entrada da Rede Bandeirantes, o encerramento também tinha ido para o espaço. A tarefa não foi tão simples, mas logo, lá estava no encerramento do Canal 4 uma nova canção de Victor Bass: La Magie, que tinha imagens de um planador que evidentemente só poderia nos permitir a fazer altos vôos em nossos sonhos. A montagem foi feita por um colega chamado Eron. Pouco mais tarde, lá estava o Victor de novo e desta vez, fui eu quem ficou com a tarefa de reunir as imagens, todas extraídas de filmes de 16 milímetros e que em função da música (Lê Seigneur du Monde) também tinham várias cenas com aviões. A coisa não ficou por ai e ao longo do tempo, nossa amizade só foi crescendo e devo abrir um parêntesis aqui para agradecer o Victor Bass por toda a ajuda prestada por um longo período, que não há o que possa pagar, a não ser o meu reconhecimento. Pois bem, um belo dia ele apareceu todo empolgado, com a fita master de uma nova canção e não deu outra, corremos contra o tempo, selecionamos imagens e logo estava no ar o “novo clipe” do Victor Bass. Desta vez a música era “Le Dernier Hiver” e para encerrar esses bons tempos, ainda fizemos outro com a canção “Cordillieres”. A partir daí o encerramento das emissoras deixou de existir, salvo em pequenos períodos na madrugada quando o pessoal técnico aproveita para fazer manutenção. Em suma: as redes vieram e as pessoas deixaram de ir dormir mais cedo e com a cabeça tranqüila. Tudo se transforma e passa, mas as canções do Victor Bass por certo vão se eternizar. Ao longo dos anos em que fizemos aqueles clipes de final de noite, Victor sempre se mostrava entusiasmado, batalhando para produzir um novo disco e com muitos esforços acabava conseguindo ajuda e fazia circular um novo “bolachão” reunindo as suas melhores canções. Os discos traziam a inscrição “Grande Orquestra Victor Bass” e a maioria das pessoas achava se tratar de um maestro francês, já que naqueles tempos Paul Muriat era o mais famoso. Aliás, uma curiosidade: A canção “Lê Seigneur Du Monde” só ganhou esse título porque na mesma época Muriat lançara na Europa a canção “Lê Concorde”, uma homenagem aos famosos supersônicos franceses. Era para ser esse o titulo da canção de Victor e ele se viu obrigado a criar outro que acabou ficando dentro do estilo. Ser músico é uma aventura arriscada! Poucos conseguem chegar ao estrelato, ficar rico e poder se aposentar com tranqüilidade. Victor Bass sempre soube disso e passava a maior parte dos seus dias com os discos debaixo do braço vendendo um por um nas casas noturnas e nos bares da cidade. Em algumas ocasiões conseguiu colocar seus discos em lojas e supermercados, mas era no corpo a corpo que ele conseguia extrair os recursos de que precisava. Para quem não sabe, Victor Bass nasceu Moacir Vitor Taborda Ribas, num distante 17 de abril de 1941 na cidade paranaense de Rio Negro. Como se vê, Victor chega agora aos 70 anos de idade e é evidente que merece esta singela homenagem, mais um registro dos seus feitos, a maioria nunca reconhecidos. Como ele mesmo sempre disse: “Nossa terra não tem memória e seus ídolos são relegados ao esquecimento”. Mas tenha certeza meu caro Victor Bass de que seus verdadeiros amigos jamais o esquecerão. Como esquecer o músico, o poeta, o cara que tinha uma boa piada para contar e que no bolso do paletó guardava grandes sonhos? Como esquecer que você, em 1976 teve uma música composta para a novela Senhora, da Rede Globo e como esquecer ainda o seu LP “Paris, Eterna Primavera”, que foi um grande sucesso? Não se pode esquecer o amigo, o músico, o poeta e o sonhador. Pena que não temos mais o encerramento na televisão senão; pode ter certeza – a gente continuaria a oferecer aos “corujas” aqueles quase 4 minutos de boa música, lindas imagens e um nome a zelar: Victor Bass – o músico que viveu boa parte da vida na Barreirinha, enquanto a maioria, acreditava que ele vivia em algum lugar da Europa. Pode estar certo, ainda que em seus sonhos, viveu na Europa sem nunca ter estado lá! A última vez que conversei com o Victor já faz mais de um ano e ele andava arriscando a sorte, tentando de repente conseguir um espaço como aqueles de outrora. Eu confesso que fiquei duplamente triste. Primeiro por não poder lhe prestar aquela ajuda e depois, por ter percebido que o peso da idade já o deixara um tanto adoentado. Sei que às vezes ele se aventura numas passadas pela Boca Maldita, na Rua das Flores, por certo revendo amigos, revendo o coração da cidade que sempre amou e para a qual também compôs “Rue des Fleurs”. Daquela última vez em que falei com ele, Victor me entregou um CD reunindo as suas melhores ou mais famosas canções e um livreto com uma pequena biografia e algumas de suas poesias. E lá segue o grande Victor Bass, por certo, com sua inseparável pasta debaixo do braço onde carrega fragmentos de sua jornada, mostrando para alguns, recortes de jornais, poesias e, acima de tudo, mostrando que sempre esteve aqui, neste “pedacinho de Europa”, fazendo música, tecendo sonhos e deixando fluir a pura essência de suas poesias em dó, ré, mi pelas linhas mais misteriosas de suas já amareladas partituras. Para conhecer o trabalho de Victor Bass, baixe em MP3 duas de suas canções nos links a seguir:

sábado, 2 de abril de 2011

A GATA OU COMO PERDI A ETERNIDADE

Um certo livro, uma certa estória, uma certa autora! Se eu soubesse teria lido muito antes, mas para isto, teria também que ter aprendido um bom tanto de alemão... Pequenos detalhes à parte o que importa mesmo é descobrir o quanto de riqueza existe em muitas obras literárias espalhas mundo afora. A Gata ou Como Perdi a Eternidade é um desses livros que já atrai nossa atenção só pelo titulo tão sugestivo. Mas ele resguarda muito mais do que pequenos segredos a respeito da vida. Todo dia, no caminho para a escola, Cristine, uma menina de oito anos, encontra uma velha gata branca de rua – e acaba chegando atrasada na aula. É que Cristine, muito curiosa, tem perguntas sobre tudo, e nem seus pais, nem seus professores parecem saber as respostas para suas indagações. Já a gata – que é muito convencida – sempre tem respostas na ponta da língua, e aos poucos vai ensinando a Cristine aquilo que realmente importa na vida... Mas será que Cristine deve acreditar em tudo o que a gata diz? Com extrema sensibilidade, a premiada escritora alemã Jutta Richter explora o desconcertante universo de uma criança que busca conciliar suas próprias descobertas com os complicados critérios do mundo adulto. Nascida em 1955 na cidade de Burgsteinfurt, Jutta estudou Teologia, Germanística e Jornalismo e publicou seu primeiro romance ainda estudante. De lá para cá já publicou diversas obras que lhe renderam importantes premiações. Em A Gata ou Como Perdi a Eternidade, as ilustrações são obras de Rotraut Susanne Berner que também é autora e nasceu em Stuttgart em 1948. Ela também já recebeu muitos prêmios pelos seus magníficos trabalhos. A união desses dois talentos só poderia resultar numa obra que dispensa outros comentários e só pode nós incitar à sua leitura. E isto só é possível, para nós que não falamos e nem lemos em alemão, graças ao tradutor Daniel R. Bonomo, um paulista nascido em 1981 que é mestre em língua e literatura alemã pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Esta é a sua primeira tradução literária e, diga-se de passagem, ele já começou traduzindo a essência de uma verdadeira jóia rara.


A GATA OU COMO PERDI A ETERNIDADE

Jutta Richter

Ilustrações de Rotraut Susanne Berner

Tradução de Daniel R. Bonomo

1ª edição – 72 páginas

Editora 34

sexta-feira, 1 de abril de 2011

CALOPSITAS - MARAVILHOSOS ENFEITES VIVOS

Envolvidas pela curiosidade do homem desde tempos remotos, as aves em todo o planeta sempre ocuparam e ocupam um lugar privilegiado no gosto das pessoas. Nas últimas décadas, por exemplo, não foram poucas as pessoas que passaram a adotar aves como bichos de estimação, principalmente porque na medida em que as grandes cidades incham os espaços tendem a diminuir e dessa maneira, uma ave acaba sendo a melhor opção com a vantagem que oferecem pouco trabalho aos donos. Não que necessariamente deixem de requisitar os devidos cuidados para que se mantenham ágeis e saudáveis. É evidente que nem todas as aves podem integrar nossas vidas, até porque a maioria já vive sob proteção da lei e assim, somente algumas espécies é que possuem os atributos para serem adotadas como bichos de estimação ou criadas em cativeiro. Até alguns anos era comum a gente observar pessoas com papagaios e araras em suas casas, mas isto atualmente é muito raro e somente com autorização do Ibama é que alguém pode deter essas aves ou outras silvestres em casa. As melhores opções são as aves oriundas da Austrália, como os periquitos e as calopsitas. Em relação aos periquitos até posso dizer deter alguma experiência, porque nos últimos anos alguns já estiveram presentes em casa fazendo aquela algazarra pitoresca. Já as calopsitas somente as observei à distância sem deixar de vislumbrar a sua beleza. Por diversas ocasiões também li alguma coisa a respeito dessas aves curiosas que atualmente integram o dia a dia de muitas famílias. O que eu não imaginava é que por trás da beleza dessas aves existe uma gama de pessoas que vão desde simples apaixonados até criadores especializados e que não contentes em apenas criar e vender essas aves, ainda se dão ao luxo de proporcionar a elas a confecção dos mais inusitados objetos para que elas possam ter suas atividades. Poder-se-ia fazer a tradicional pergunta sobre as razões que levam determinadas pessoas a adotar ou criar certos animais, como cães e gatos, por exemplo. A resposta sempre será uma grande e inexplicável paixão, que de repente faz com essas pessoas se especializem e assim, além de preservar espécies também possam fazer com que elas ganhem novos horizontes. Como tudo o que produzimos em nossa vida precisa ganhar movimento e assim novas distâncias, é claro que a divulgação se faz mais do que necessária e foi dessa maneira que o tema “calopsitas” acabou chegando por aqui. Entre tantos criadores, uma delas decidiu espalhar via mensagem eletrônica o endereço do seu portal que, diga-se de passagem, é uma boa aula sobre calopsitas, seus costumes, seus cuidados e seus acessórios. Não tive escolha senão aceitar o desafio de falar um pouco sobre essas belas aves da família dos psitacídeos, a mesma a que pertencem os papagaios, araras e cacatuas. Originárias da Austrália, a espécie foi descrita pela primeira vez em 1792, quando foi batizada com o nome científico de nymphicus hollandicus. Medindo em torno de 30 centímetros da cabeça à ponta da causa, a calopsita se assemelha a uma miniatura de cacatua, mas com cores bem características: coloração cinza e crista amarela. Uma vez em cativeiro, foram surgindo mutações de cores variadas, algumas lindíssimas. A partir de 1949 a espécie começou a ganhar o mundo e no Brasil, os primeiros exemplares aqui chegaram em 1970. Ao longo desses 41 anos foram surgindo muitos criadores e as calopsitas passaram a ser uma grande atração entre as pessoas porque em função de sua beleza, se tornaram de fato autênticos “enfeites vivos” com muita resistência e que assim, com uma alimentação balanceada, podem viver até 25 anos. Não são aves barulhentas, mas podem assobiar e, ainda que seja raro, algumas chegam até a falar se forem bem treinadas para isso. Divertidas e leais ao dono, são perfeitas para quem deseja ter um grande parceiro já que são participativas e se apegam a todas as pessoas da casa, desde é claro que todos mantenham um constante contato com elas. Uma calopsita adora um carinho e também convive muito bem com outras aves, desde que haja espaço para isto, porque aves também delimitam seu território. É fator preponderante assinalar que no Brasil as calopsitas são consideradas animais domésticos e por isto podem ser comercializadas livremente sem problemas. É claro que todo aquele interessado em ter consigo uma ave dessa espécie ou qualquer outro tipo de animal de estimação, deve estar consciente da sua responsabilidade, até porque se trata de uma decisão muito séria. Lembro a todos que, maltratar animais é crime, ainda que as penalidades sejam muito brandas em nosso país. Não pense que uma calopsita vai ficar na gaiola pulando de um poleiro para outro o tempo todo. Elas adoram brincar e pensando nisso já se criaram alguns objetos devidamente apropriados a elas. Dentre os criadores brasileiros, vamos destacar aqui o magnífico trabalho da Silvania Maria, aquela que mandou a mensagem divulgando o seu “Atelier dos Pássaros”, uma idéia que nasceu pela sua paixão pelos animais. Segundo Silvania, “as aves sempre me despertaram um maior interesse, principalmente as calopsitas, pela beleza e docilidade”. Para ela, o que era apenas um hobie, se transformou numa forma de trabalho do qual ela se orgulha tanto pelas tarefas que desenvolve quanto pelo reconhecimento do seu grande público. Durante 7 anos elas apenas manteve calopsitas para encantar suas horas vagas e sua casa e nos últimos 4 anos é que se transformou numa criadora. “Tudo teve início quando comecei a desenvolver brinquedos artesanais para minhas próprias aves. Tudo feito e pintado à mão e que meus amigos começaram também a gostar. Aos poucos, fui aperfeiçoando, criando novos modelos e utilizando novos materiais até que de repente, surgiu o Atelier dos Pássaros”. Na verdade, o Atelier dos Pássaros é um site especializado na venda de brinquedos, playgrounds e acessórios para pássaros mansos. Mas não pensem que a Silvania fica parada. Têm muito trabalho todos os dias, já que além de criar e construir os acessórios, ela também tem que treinar as calopsitas para que sejam mansinhas e assim possam também, conviver com as pessoas que as compram sem maiores problemas. Silvania completa dizendo que passou a cultivar esse trabalho não como uma obrigação do dia a dia ou fonte de renda. Na verdade, diz ela, “trata-se da minha terapia ao fazer o que gosto e com o dom com o qual Deus me privilegiou”.
Antes de decidir optar por uma calopsita, pense bem no assunto e leia mais a respeito para conhecer bem essas maravilhosas aves. No portal do Atelier dos Pássaros com certeza você vai encontrar muitas informações importantes. Então, visite agora: www.atelierdospassaros.com.br ou obtenha demais informações diretamente com a Silvania pelos telefones: (21)2289-8799 ou 8131-5025 ou no endereço eletrônico: silvaniamariadossantos@yahoo.com.br