quarta-feira, 17 de abril de 2013

A PASSAGEM DO AMOLADOR

 
 
Na minha rua antiga, ainda em macadame, ele passava uma vez por mês.Alto, magro, cabelos esbranquiçados, pele enrugada e passos pausados, empurrando seu artefato de afiar. Minha mãe e outras senhoras de então, faziam fila. Tesouras, alicates de unha e facas. E ele, tranquilo, afiava tudo enquanto ouvia as fofocas da mulherada. Depois seguia pela rua! E assim foi por alguns anos até que que a rua ganhou asfalto, as senhoras partiram para o céu e o afiador nunca mais por ali passou.

Nenhum comentário: