Depois que Joseph Nicéphore Niépce, apresentou ao mundo a primeira fotografia e em seguida foram surgindo as câmeras fotográficas, o mundo jamais poderia ter sido o mesmo e ao longo dos anos, o avanço tecnológico tem proporcionado cada vez mais, resultados esplêndidos através de câmeras avançadas, com recursos tão fantásticos quanto muitas das imagens captadas por suas lentes.

PRIMEIRO DESAFIO – PREDADORES AQUÁTICOS
Ele se chama David Doubilet e não hesita em se aproximar de predadores como um gigantesco crocodilo americano de quase 4 metros para fazer uma foto. David vive mergulhando pelos quatro cantos em busca de uma foto única encarando arraias, medusas, águas-vivas, peixes gigantes e tubarões. Aos 64 anos, David diz que quer oferecer aos seus espectadores um pouco da beleza e estranhezas do mundo submarino. Muitas de suas fotos ousadas já foram parar na revista Geográfica Universal e lhe renderam muitos prêmios. Para eternizar muitos dos seus feitos, David já editou 7 livros sobre a vida aquática.Foto: David Doubilet/ Nat Geo Stock /Caters /BBC Brasil
SEGUNDO DESAFIO – OS PELICANOS
Na premiada foto do espanhol Daniel Beltrá, eu diria que o desafio maior foi ter que registrar esta cena que volta e meia se repete graças à ganância e o descuido do próprio homem em acidentes que comprometem muito o meio ambiente.Os pelicanos cobertos de óleo e registrados por Daniel permitiram que sua foto fosse a vencedora do prestigiado concurso internacional de fotografias de vida selvagem, Veolia Environnement Wildlife Photographer of the Year 2011. A foto foi feita após o vazamento de petróleo no Golfo do México em 2010 e a partir de agora estará unida a outras 100 fotos selecionadas pelo concurso numa exposição no Museu de História Natural de Londres até março de 2012.
TERCEIRO DESAFIO – TUBARÕES GIGANTES
É muito comum o homem denominar animais de assassinos. Os tubarões, por exemplo, são as maiores vítimas desse rótulo seguidos pelas baleias orcas. É um pouco difícil aceitar que estes e demais animais apenas exercem seus instintos naturais dentro do interessante processo da natureza. Mas nem sempre tais animais são assim tão violentos como nós os pintamos. Em muitas ocasiões é possível ter contato com eles sem a menor chance de perigo e graças a isto e a fotógrafos corajosos também, é que podemos vislumbrar cenas fantásticas como a que nos proporciona a fotógrafa sul-africana Fiona Ayerst, de 45 anos que já percorreu a Bahamas e grande parte da costa africana só para fazer interessantes registros.Na foto que você observa, Fiona fez um clique no momento exato em que sua amiga se aproximava de um tubarão-baleia, um dos maiores peixes do mundo. Fiona afirma que os humanos são muito mais perigosos para os tubarões do que o contrário, já que anualmente milhões de tubarões são mortos pelo homem, enquanto a média de mortes humanas causadas por tubarão não chega a 10 por ano.
Foto: BarcroftMedia/Getty Images
QUARTO DESAFIO – ESTRANHA RARIDADE
Por aqui nós sabemos da existência do cuco somente pelos famosos relógios que ganharam este nome. Mas pela Europa os cucos são comuns e eu diria, tão sacanas quanto os nossos chupins por aqui. Qualquer semelhança não será mera coincidência, já que tanto o chupim quanto o cuco, dão um jeitinho para que alguém choque seus ovinhos. O chupim se aproveita da ingenuidade do pardal e o cuco se aproveita do rouxinol.A natureza é surpreendente mesmo e só quem ama as aves, tem uma paciência de Jó e uma boa câmera é que poderia fazer um registro tão singular. Captar o instante em que um cuco acabara de roubar um ovo do ninho de um rouxinol. A rara imagem foi vencedora de um concurso europeu de fotos destinado à vida selvagem e, ao mesmo tempo, um reconhecimento ao fotógrafo Oldïch Mikulica, da República Tcheca. Fascinando pelas aves, ao longo de 25 anos, durante a época de procriação, ele vai até os lagos para observar os cucos e rouxinóis e foi assim que conseguiu este flagrante que pode ser considerado único dada a paciência e dificuldade para fazê-lo. O cuco remove um ovo do ninho do rouxinol e coloca um dos seus no lugar, já que ambos são quase idênticos. A fotografia derrotou quase 14 mil imagens feitas por concorrentes de 39 países. Como se observa, não basta uma boa câmera e muita vontade. É preciso ter também, em alguns casos, muita paciência para dar o clique no momento exato e único, com toda certeza.
QUINTO DESAFIO – NA TOCA DO TATU
Você já ouviu falar, pode ter visto e até saboreado a carne de tatu. Mas e o tatu gigante do Pantanal, você já viu algum?Pois então; trata-se de um animal meticuloso em seus hábitos e por isto, raramente são vistos, apesar de estarem espalhados por toda a América do Sul. Para estudar o animal, cientistas britânicos preparam uma verdadeira parafernália para registrar o tatu gigante. Para a empreitada, usaram câmeras do zoológico de Chester colocadas estrategicamente na região de Nhecolândia onde conseguiram captar a imagem do tatu saindo de sua toca. Mas não foi nada fácil – tiveram que suportar 10 semanas para obter o sucesso. Agora, as imagens vão oferecer informações importantes a respeito da situação das populações de tatus gigantes no Brasil.
Para Arnaud Desbiez, um dos envolvidos no projeto, o tatu gigante pode ser considerado um “fóssil vivo” e ele se diz ansioso para usar os resultados desse trabalho para mostrar aos brasileiros e ao mundo esta espécie desconhecida que ele considera ser um símbolo da biodiversidade da região.
Foto: GDT EWPY 2011/BBC Brasil
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