quinta-feira, 14 de junho de 2012

VIZINHO NÃO GOSTA DO LOURO E DONA VAI À JUSTIÇA

Vamos tentar falar sério!
Todos os dias a gente acompanha pelos noticiários um verdadeiro caderno de piadas envolvendo políticos, gente influente etc e tal e tudo porque tais questões envolvem muito dinheiro. As atenções se voltam para esses casos que são sim, verdadeiras papagaiadas em meio a um cenário de Rio +20, Copa do Mundo que vem ai, Olímpiada e por ai afora. A justiça tem tanta coisa para julgar que de repente, a gente só pode ficar imaginando porque ela no Brasil caminha a passos de tartaruga. São tantos processos...bem ; deixa prá lá!
Agora, como não bastassem todos os grandes problemas, surge mais um, pequeno, mas que não deixa de ser também mais uma entre as tantas piadas neste “país da piada pronta”. Em Goiânia, uma mulher adotou há 32 anos um papagaio, que evidentemente se tornou membro da família.
Dona Romilda e seu parceiro "Lourinho"
Em meio à história da casa, a mulher acaba perdendo um filho num crime que é outra questão. O bichinho sentiu falta do parceiro e ficou por quase meio ano sem abrir o bico. Isso em 2004. De lá para cá, Dona Romilda passou a tocar sua vida, entre os altos e baixos da saúde e da enorme dor pela perca do filho querido. O papagaio “Lourinho” passou a ser sua única e fiel companhia e agora, um vizinho decidiu denunciar Dona Romilda junto ao Ibama e já conseguiu causar uma enorme confusão judicial. Uma advogada está brigando pelo direito da guarda do animal para Dona Romilda que comprovadamente oferece à ave todas as condições adequadas para que ela viva bem e vamos ser sensatos: o papagaio já tem 32 anos, o que comprova os cuidados extremos pela sua sobrevivência. Poderia ser mais uma piadinha de papagaio, como as tantas que ouvimos por ai, mas é um negócio sério que, dependendo da decisão da Justiça, pode causar dois graves problemas: se separados forem,Dona Romilda e a Ave, certamente que  vão entrar em um quadro depressivo.
São 32 anos de cuidados e de muito amor.
Nem quero imaginar tal possibilidade. Se juntas ficarem como estão há tantos anos, a paz e a felicidade certamente voltam a reinar naquela casa onde a dor, num passado recente já dilacerou um bom tanto o coração da pobre mulher. Este é o Brasil das grandes questões que não oferecem nada a seu povo, e é também o país das pequenas causas que nem sempre são assim levadas tão a sério. Que decidam pelo que é justo ou seja; que o Lourinho fique em poder de Dona Romilda e que o vizinho incomodado se mude, como assim reza um antigo preceito do adágio popular.
NOTA:
Casos  antigos da adoção de uma ave, como o de Dona Romilda até são aceitáveis.
E eu aproveito para pedir àqueles que de repente desejam ter em poder um papagaio, arara ou qualquer outro tipo de ave silvestre que não o façam. Os tempos agora são outros. São tempos de consciência ecológica e de preservação ao extremo.

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