Diante ao exposto, confesso que hoje recebi uma cutucada ao receber uma mensagem da Editora Record anunciando dois bons lançamentos editoriais que merecem a nossa atenção e prestígio, até porque as obras narram aquele ocorrido em 4 de junho na China. A seguir, reproduzo a nota da Record, através das palavras da jornalista Adriana Fidalgo, integrante da Asessoria de Imprensa daquela renomada editora.
O MASSACRE DA PRAÇA DA PAZ CELESTIAL
Na primavera de 1989, quando a China vivia o auge de uma revolução contra o opressor governo comunista, um dia trágico ficou marcado na história do país. Em 4 de junho, milhares de estudantes chineses que ocupavam há dias a Praça Tiananmen, no centro de Pequim, exigindo reformas democratas, foram massacrados pelo exército popular. Hoje, às vésperas de completar duas décadas, o massacre da Praça da Paz Celestial é lembrado em dois lançamentos da Editora Record:
Na autobiografia LAGO SEM NOME, Diane Wei Liang relata os acontecimentos históricos vividos por ela naquela época. Nascida em Pequim em 1966, ano que marcou o início da Revolução Cultural, Diane conta sua trajetória conturbada, num brilhante testemunho de um período traumático para a China moderna. É tanto uma jornada pessoal e uma história de amor quanto uma narrativa política, que nos leva da Revolução Cultural a um momento definidor da história recente da China.
PEQUIM EM COMA é a obra-prima de Ma Jian, convidado oficial da Flip 2009. Delineado por uma inteligência sombria, beleza poética e profunda ira, descreve a vida (e quase-morte) de um jovem estudante, criando uma história deslumbrante e corrosiva sobre o doloroso passado recente da China, e seu inquietante futuro. Explora as bases da sociedade - os direitos essenciais sem os quais os seres humanos não podem viver, ao mesmo tempo em que trata da sutileza das pequenas coisas: a beleza de uma árvore, o sabor de um bolinho, o perfume de uma mulher. Seus personagens permanecem na lembrança do leitor muito depois da última página do livro, conforme Ma Jian corajosamente afirma o valor de toda e qualquer vida, ao descrever em detalhes cristalinos um momento da história em que os indivíduos se tornam multidões. Esta obra é uma canção de amor a um país que muitas vezes parece determinado a esmagar o direito de sentir em seus cidadãos. Não é apenas um livro apaixonante, mas um importante manifesto político, que confirma o lugar de Ma Jian como um dos escritores mais importantes da atualidade.
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