Caminha na distância o homem...
Cansado de suas andanças além fronteiras.
É numa taça de cristal que ele saboreia o néctar do fruto e depois demarca seu território como se fosse um invasor poderoso sobre tudo e sobre todos.
Sumiu no horizonte em busca de sua estação, não sem antes abrir os portais para seu parceiro frio que breve estará de passagem.
Só longos meses depois de sua estada é que seus escritos vão se revelar como fotografias na química.
Um toque de magia, uma imagem!
Cansado de suas andanças além fronteiras.
Extasiado pela constante dança dos ventos.
Caminha assim o homem...
Através do tempo e alheio às estrelas, vaga quase perdido pela
imensidão e completamente desapercebido de sua passagem.
Um viajante apenas, sem bagagens, sem pressa, sem um destino certo, tatuando no arvoredo uma imagem de pura nudez.
Nada que cause espanto e atente ao pudor.
Uma nudez graciosa, que confecciona tapetes de mil cores.
E com ele, o vento vem bailando e assobiando uma canção estranha.
A roupagem das árvores se mistura pelo chão e se arrasta como um enorme véu de noiva.
Mas não há casamento aparente.
O viajante solitário segue caminhando em seu curso e transforma os dias através de uma mágica de sentimentos mil.
Enquanto atravessa sua estrada e deixa as árvores nuas, vai deixando mensagens cifradas em cada folha que cai.
O tempo é senhor implacável e tudo acontece ao redor sem que se possa perceber.
Sabe-se que algo acontece, silenciosa e sorrateiramente.
A paisagem muda seu aspecto, mas a passarada prossegue em seu magistral coro.
E lá vai o homem em suas andanças, em sua dança com o vento, procurando aconchego nas noites gélidas e quem sabe até, um bom e antigo vinho.Caminha assim o homem...
Através do tempo e alheio às estrelas, vaga quase perdido pela
imensidão e completamente desapercebido de sua passagem.
Um viajante apenas, sem bagagens, sem pressa, sem um destino certo, tatuando no arvoredo uma imagem de pura nudez.
Nada que cause espanto e atente ao pudor.
Uma nudez graciosa, que confecciona tapetes de mil cores.
E com ele, o vento vem bailando e assobiando uma canção estranha.
A roupagem das árvores se mistura pelo chão e se arrasta como um enorme véu de noiva.
Mas não há casamento aparente.
O viajante solitário segue caminhando em seu curso e transforma os dias através de uma mágica de sentimentos mil.
Enquanto atravessa sua estrada e deixa as árvores nuas, vai deixando mensagens cifradas em cada folha que cai.
O tempo é senhor implacável e tudo acontece ao redor sem que se possa perceber.
Sabe-se que algo acontece, silenciosa e sorrateiramente.
A paisagem muda seu aspecto, mas a passarada prossegue em seu magistral coro.
É numa taça de cristal que ele saboreia o néctar do fruto e depois demarca seu território como se fosse um invasor poderoso sobre tudo e sobre todos.
Sumiu no horizonte em busca de sua estação, não sem antes abrir os portais para seu parceiro frio que breve estará de passagem.
Só longos meses depois de sua estada é que seus escritos vão se revelar como fotografias na química.
Um toque de magia, uma imagem!
Um toque de soberania e pronto; novas folhas anunciam a chegada da prima de todos, envolta em suas vestes coloridas, rodeada por borboletas azuis e distribuindo vida nova por toda parte.
Distante anda agora o homem solitário, assobiando sua canção e se apropriando de outras terras.
Breve estará de volta, zombando das estações que se passaram e pincelando em cinza uma nova nudez artística. E aos outros, seguirá manipulando sentimentos, provocando a saudade e deixando muitos de nós debruçados na janela, num final de tarde, com um profundo sentimento de melancolia.
E para onde se perderá nosso olhar?
- São José dos Pinhais – 31/03/2009 -
Distante anda agora o homem solitário, assobiando sua canção e se apropriando de outras terras.
Breve estará de volta, zombando das estações que se passaram e pincelando em cinza uma nova nudez artística. E aos outros, seguirá manipulando sentimentos, provocando a saudade e deixando muitos de nós debruçados na janela, num final de tarde, com um profundo sentimento de melancolia.
E para onde se perderá nosso olhar?
- São José dos Pinhais – 31/03/2009 -
* Implacável Invasor - Pedro Brasil Jr - Publicado originalmente na Usina de Letras.
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