quinta-feira, 2 de abril de 2009

VEM AI O TREM DO FUTURO


Comprovadamente a necessidade é a mãe de todos os inventos.
Em outros tempos, o homem sentiu que precisava desenvolver veículos e encurtar distâncias e lá nasciam os primeiros automóveis, os trens e mais tarde os aviões.
Neste início do século 21, deparamos com necessidades maiores, que promovam o transporte das pessoas com eficácia nos grandes centros. O mundo está tomado pelos automóveis e a massa populacional que não possui um carro e utiliza o transporte coletivo é o centro maior das atenções e de todos os estudos.
Os administradores de grandes cidades, principalmente, estão diante de grandes desafios para superar o problema que a cada dia torna-se mais grave.
Por um lado, estudos apurados para se buscar os melhores meios e por outro, estudos ainda mais delicados para se criar meios de transporte eficientes, de baixo custo e que estejam dentro dos melhores padrões de conservação do meio ambiente.
A notícia que chega é promissora: Um trem que não polui e que é muito econômico. Este veículo foi projetado pela equipe do Lasup (Laboratório de Aplicações de Supercondutores) da Copp ( Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia) da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
De acordo com o coordenador do projeto, Richard Stephan, enquanto a construção de um quilômetro de metrô subterrâneo custaria R$ 100 milhões, a implantação do Maglev-Cobra(como foi batizado o novo veículo), exigiria apenas um terço do orçamento, algo em torno de R$ 33 milhões. Stephan exalta o projeto afirmando que o trem foi desenvolvido para andar em superfície ou em estruturas elevadas, o que faz o custo cair bastante, pois não existe a necessidade de perfurar o solo.
Além disso, o seu consumo de energia elétrica é um dos mais eficientes, conforme os estudos realizados desde 1998 quando o Maglev-Cobra passou a ser desenvolvido pelos pesquisadores do Lasup em parceria com a Escola Politécnica e o Instituoto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A tecnologia desse transporte do futuro é baseada na formação de um campo magnético de repulsão entre os trilhos e os módulos de levitação(pastilhas supercondutoras que substituem as rodas). Para criar este campo magnético, possibilitando a levitação do trem, os cientistas resfriam os supercondutores a um temperatura de 196 graus centígrados, utilizando nitrogênio liquido.
Considerando que o litro de nitrogênio custa menos de R$ 0,30 e não polui o ambiente, o trem de levitação é um meio de transporte rápido, seguro, barato e eficiente. Em países da Europa já existem trens de levitação, mas são elaborados para atingir altas velocidades.

Aqui, o diferencial do projeto é que ele é voltado ao transporte de passageiros em centros urbanos com uma velocidade próxima a do metrô convencional.
Embora não se tenha uma data definida para que entre em operação, o Maglev deve entrar em fase de teste na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, em um trecho de 100 metros. Em 2012 o objetivo é perfazer um trecho de quatro quilômetros transportando 254 passageiros por viagem e ligando o Hospital Clementino Fraga Filho ao prédio da Reitoria da universidade. O planejamento prevê também uma terceira fase de teste onde o trem do futuro irá transportar passageiros do Aeroporto Internacional do Galeão ao Santos Dumont, passando pela Ilha do Fundão, pela Rodoviária Novo Rio, Praça Mauá e Praça XV, fazendo conexão com o metrô, na Cinelândia.
Depois disso, a gente espera que o Maglev-Cobra conquiste outros grandes centros e ajude a solucionar os problemas do transporte de massa em todo o país.

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